TEX, O IMPLACÁVEL (TEX GIGANTE N° 35)
LEVARAM 17 ANOS PARA ESSA HISTÓRIA SER PUBLICADA!
Neto • Quarta, 03 de março de 2021 • 20h00min.
“Os três irmãos Logan nasceram de mães diferentes, mas são todos igualmente perigosos. De Tucson aos desertos do México, entre os bandidos de Harry, os Mescaleros de Simon e os desesperados mexicanos de Manuel, Tex os caça para vingar a morte dos amigos … Depois de anos de espera, o magistral e já lendário Texone de Claudio Villa!” – Tradução direta do site Bonelli Editore.
Mauro Boselli no roteiro e Claudio Villa nos desenhos: essa Tex Gigante nº 35 chegou chegando! E sim: foram 17 anos, com hiatos, para ela chegar…
Em 2002 Claudio Villa termina o trabalho nas mensais 501 a 504 italianas, com roteiro do seu xará Claudio Nizzi, e então é convidado a trabalhar em mais uma edição para a série regular. Quando já estava lá pelas suas 30 ou 40 páginas desenhadas do roteiro do Boselli, o próprio Sergio Bonelli, vendo a qualidade da obra, perguntou se ele queria publicá-la em uma Tex Gigante. Aquilo fez cair o queixo do Villa, e como ele mesmo disse, “Acho que só um louco diria não.”. Tal editorial na Itália é oficialmente chamado de Speciale Tex, ou carinhosamente Texone, título anual que existe desde junho de 1988*.
Mãããsss…! Os compromissos de Claudio Villa como capista (de Tex) começaram empurrar as páginas da Texone para a gaveta. Sua primeira capa foi na nº 401 italiana, O Ouro de Klaatu, e saiu no mesmo mês em que, infelizmente, morreu o consagradão capista da Bonelli Editore, Aurelio Galleppini, o Galep. Aquilo fez Villa se sentir desamparado, pois desejava muito ter tido a mentoria de Galep na profissão como capista.
Além das capas, os anos foram ocupados também com a produção de minipôsteres pintados que iam de brinde nos primeiros 428 números da edição italiana de Tex Nuova Ristampa. E nisso a redação passou a receber lentamente as páginas de Tex, L’inesorabile (Tex, O Inexorável). E depois, o hiato. No Brasil pela Mythos Editora, à tradução livre, ficou Tex, O Implacável.
Porém, mesmo com desenhos espaçados no tempo, incrivelmente não se percebe hoje uma variação brusca do traço; mudança essa normal que geralmente ocorre periodicamente durante a evolução de um desenhista. Aqui falamos de mais de uma década… A não ser que você seja perito em grafotécnica, desenhista experiente ou leitor de olhar cirúrgico para encontrar as diferenças. Villa conseguiu deixar as 226 páginas bem homogêneas, mesmo tendo ele evoluído seu traço no percurso. E que traço! Que que é isso?! É de encher os olhos!
Na Itália teve lançamento “antecipado” (Ó o queixo!) em novembro de 2019 (daí os 17 anos) para edição de luxo, até que em fevereiro do ano seguinte saiu a edição no formato padrão da coleção. No brasil a Mythos lança em outubro de 2020 e nessa edição você encontra prefácio de Graziano Frediani, uma entrevista com Claudio Villa por Gianmaria Contro e uma matéria de Luca Barbieri sobre o sentido do termo “bonanza” no Velho Oeste Selvagem, traçando paralelos com esta história de Mauro Boselli.
A Mythos já programou Tex Gigante nº 36 para maio e 37 para outubro de 2021.
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* Sendo que até agora de lá para cá aconteceu de ter dois lançamentos em um ano, como é o caso de 1996 (nº 9 e 10, em junho e novembro), de 2011 (nº 25 e 26, em junho e novembro) e de 2020 (nº 35 e 36, em fevereiro e junho).
